segunda-feira, 4 de julho de 2011

S.O.S


Vou confessar, passo grande parte do tempo camuflando tudo!
Camuflei todas as vírgulas, pontos finais, reticências ou parênteses que minha vida ousou ter.
Basicamente camuflei tudo que havia ruim. Pra que? Eu poderia me virar sozinha, sem ninguém saber. Sorrido estampado no rosto era o importante. Eu ate que dei conta de tudo, de quase tudo, varria para debaixo do tapete e aí me arrastava junto com as decepções.
Sinto a necessidade constante de sorrir, de me divertir a qualquer hora ou em qualquer lugar.
Pode parecer bom, mas não é. Ser feliz 24hrs não dá.
Meus amigos sempre me procuram para boas prozas e risadas, mas a maioria termina com a frase “O que eu devo fazer?”. De tanto passar a imagem de mulher independente, forte, responsável e de sempre encarar os problemas com a resposta numa mão e a ironia na outra, acabaram acreditando.
Pois é, ironia, para todos aqueles que ouviram alguns os meus problemas sabem que eles vêem recheados de ironia e/ou uma piada para finalizar. Pra que levar tudo tão a sério não é?
Aguentei o imaginário, desperdicei a mim mesma.
Eis que finalmente o buraco encheu, lágrimas forçaram a cair.
Ouvi a seguinte frase depois de tanto me lamentar: “O mundo tem o direito de não lhe ver bem, você tem o direito de estar triste por uns dias, tem o direito de sofrer, ninguém vai ou tem o direito de lhe julgar”.
Tapas na cara fiquei agradecida, era a maior verdade.
Tenho sim, o direito de chorar, de me arrepender, de sofrer, tenho o direito de sentir ódio, de pedir perdão, tenho o direito de expor meus sentimentos e tenho o direito de revidar quando alguém tentar feri-los, poxa eu sou humana.
É, eu sei de tudo isso, basta-me começar a colocar em prática a lição.
Peço agora ajuda. Já não é sem tempo, eu acho.
Minha vida pede passagem para poder fugir.
Seria mais fácil se eu não tivesse coração...


Por: Vanessa Ribeiro
do Blog: Um minuto de Atenção.


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