terça-feira, 26 de julho de 2011

O Príncipe que virou um chato


Quando foi seu ultimo "para sempre" ? O meu já passou a tanto tempo que já nem faço questão de contar, o dono dele não era nem de longe um príncipe, as características físicas e psicológicas dele apontavam muito mais para a lagoa que para o castelo. Mas de uma maneira inexplicável vesti-o em trajes reais e dei a ele um cavalo branco.
O problema todo é que o ator era ruim demais e não conseguiu manter o papel de príncipe por muito tempo, no meio da estrada resolveu passar-me a perna e me jogou para longe da lomba de seu cavalo, saiu em disparada deixando para trás apenas a poeira que a cavalgada levantou do solo. Patética a cena de ver a princesa jogada ao chão sujo chorando a partida daquele que ela escolheu para dar vida aos seus sonhos cor de rosa.  Foi ai que o projeto de príncipe assumiu de vez o papel de sapo. 
Eu reencontrei com ele tempos depois da rasteira e o vi acompanhado de uma vaca camuflada de boa moça. Ouvi elogios à ela algumas vezes quando o nosso relacionamento restringia-se a uma amizade totalmente forçada e sem sentido, mas durou pouco, só até a garrafa de cerveja secar e nossos corpos arderem juntos depois de muito tempo, os elogios viraram reclamações sobre o quanto ele já não tem tempo para suas individualidades, o quanto não aguenta mais assistir filmes desde o trailer até os créditos e o quanto ela dorme. Não me importa, para mim ela sempre será uma vaca que deveria estar pastando ao invés de estar convivendo com aquele que intitulei dono do meu para sempre e sua família da qual eu sinto a maior falta. 
Dessa vez deixei o amor louco que sinto por ele de lado para ver se dava jeito de uma vez na situação, ele quis colocar sobre as minhas costas o peso da partida dele e cobrar coisas das quais ele não tem o minimo de moral para se sentir magoado. As magoas dele triplicadas não dão metade das minhas para com ele. A partida dele doeu muito, um tanto que ele nem imagina, perdi o apetite, o sono e a auto-estima tenta recuperar-se até hoje. Uma dor que ultrapassava a barreira do emocional e chegava a ser física, nada disso ele leva em consideração, depois que ele vestiu a carapuça de sapo nunca mais quis tirar.
Vez ou outra ainda cruzo o caminho do meu para sempre, um para sempre sem ponto final e recheado de virgulas numa tentativa alucinada de continuar a escrever essa historia tão infinita dentro de mim e confusa dentro dele.
Depois de uma pressão ele correu, covarde como sempre deixou a princesa para trás mais uma vez, sem adeus, sem explicação, apenas galopando, levantando poeira e fugindo dos sentimentos que nem ele sabe como controlar, covarde. Sapo eu até engulo, mas covarde não.


Por: Thamires Viel
do Blog: Um minuto de Atenção !

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